sábado, 19 de novembro de 2011

O Presente Mágico da Semana - Um Livro de Caio Fernando Abreu (Fragmentos);

A semana foi mágica, ganhei de um casal de amigos que foram na feira do livro em Porto Alegre, um livro de Caio Fernando Abreu, eles sabem da minha paixão por Caio e me presentearam, eles me deram o mais belo de todos os presentes, digo sempre que livro é jóia, e jóias rara.
Caio foi um escritor que amava as palavras e passava suas essências verdadeiras com amor e às vezes com críticas. Ele amava Clarice Lispector, amava o mistério de suas palavras, como ele mesmo a chamava (minha mestra, minha musa).

Agora vou postar as palvras de Paola que tem a págica no Facebook, a qual sigo:


Um pouco da vida de Caio para vcs.

Caio Fernando Abreu, o escritor gaúcho que f...aleceu há 15 anos, vítima de complicações decorrentes da AIDS, nunca esteve tão vivo. Seu sucesso parece tão vasto quanto sua obra. Ator, astrólogo, jornalista, roteirista, lavador de pratos, viajante, jardineiro, dramaturgo, hippie, mas acima de tudo um escritor, como ele mesmo definiu. Caio foi um pouco de todos os personagens de seus livros.

Caio ganhou prêmios e agradou à crítica literária. Teve amigos que foram ou que hoje são a alma da cultura do Brasil e morreu quando começava sua consagração. Em nenhum momento foi tão amado como é agora, por essa que chamam de Geração Y. Os jovens que conheceram Caio exclusivamente por meio de seus escritos, principalmente em frases soltas na internet, sentem como se tivessem descoberto, mais do que um escritor, um amigo, um igual. Parte deles mal conhece o rosto de Caio, sua história conturbada e intensa, seu amor incondicional à literatura, que o fazia viver quase tudo que escrevia: amam-no pelo que criou.

Ler Caio Fernando Abreu é como abrir um diário que nunca escrevemos, mas que revela tudo que sentimos e pensamos, tudo que queremos esconder dos outros e de nós mesmos. Este parece ser o diferencial de Caio: seus contos jogam-nos na cara coisas que não sabemos sobre nós mesmos, obrigam-nos a fazer uma limpeza interna, pensar sobre o que realmente somos e o que representamos ser. Terrivelmente crua e ao mesmo tempo amorosa e bela, a obra de Caio Fernando nos captura justamente por essas contradições.

Caio tornou-se um mito literário, “melancolicamente póstumo”, como bem profetizou.



Paola Oliveira
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